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Celso Bandeira de Mello desmente revista Veja
Em nota, jurista desmente nota publicada pela Veja, segundo a qual ele estaria redigindo um manifesto contra a atuação dos ministros do STF no julgamento do mensalão. "Não tomei conhecimento imediato da notícia pois não leio publicações às quais não atribuo a menor credibilidade", disse Bandeira de Mello. E acrescentou: "não teria sentido concitar os encarregados de afirmar a ordem jurídica do País, a respeitarem noções tão rudimentares que os estudantes de Direito, desde o início do Curso, já a conhecem, quais as de que “o mundo do juiz é o mundo dos autos” – e não o da Imprensa.
Blog do Nassif
(*) Publicado no Blog do Nassif.
O jurista Celso Antônio Bandeira de Mello desmentiu nota publicada na edição 2.287 da revista Veja informando que ele estaria redigindo um manifesto criticando a atuação dos ministros do STF no julgamento do mensalão. Leia a declaração de Celso Antônio Bandeira de Mello:
Uma notícia deslavadamente falsa publicada por um semanário intitulado “Veja” diz que eu estaria a redigir um manifesto criticando a atuação de Ministros do Supremo Tribunal Federal no julgamento da ação que a imprensa batizou de mensalão e sobremais que neste documento seria pedido que aquela Corte procedesse de modo “democrático”, “conduzido apenas de acordo com os autos” e “com respeito à presunção de inocência dos réus”. Não tomei conhecimento imediato da notícia, pois a recebi tardiamente, por informação que me foi transmitida, já que, como é compreensível, não leio publicações às quais não atribuo a menor credibilidade.
No caso, chega a ser disparatada a informação inverídica, pois não teria sentido concitar justamente os encarregados de afirmar a ordem jurídica do País, a respeitarem noções tão rudimentares que os estudantes de Direito, desde o início do Curso, já a conhecem, quais as de que “o mundo do juiz é o mundo dos autos” – e não o da Imprensa – e que é com base neles que se julga e que, ademais, em todo o mundo civilizado existe a “presunção de inocência dos réus”.
O jurista Celso Antônio Bandeira de Mello desmentiu nota publicada na edição 2.287 da revista Veja informando que ele estaria redigindo um manifesto criticando a atuação dos ministros do STF no julgamento do mensalão. Leia a declaração de Celso Antônio Bandeira de Mello:
Uma notícia deslavadamente falsa publicada por um semanário intitulado “Veja” diz que eu estaria a redigir um manifesto criticando a atuação de Ministros do Supremo Tribunal Federal no julgamento da ação que a imprensa batizou de mensalão e sobremais que neste documento seria pedido que aquela Corte procedesse de modo “democrático”, “conduzido apenas de acordo com os autos” e “com respeito à presunção de inocência dos réus”. Não tomei conhecimento imediato da notícia, pois a recebi tardiamente, por informação que me foi transmitida, já que, como é compreensível, não leio publicações às quais não atribuo a menor credibilidade.
No caso, chega a ser disparatada a informação inverídica, pois não teria sentido concitar justamente os encarregados de afirmar a ordem jurídica do País, a respeitarem noções tão rudimentares que os estudantes de Direito, desde o início do Curso, já a conhecem, quais as de que “o mundo do juiz é o mundo dos autos” – e não o da Imprensa – e que é com base neles que se julga e que, ademais, em todo o mundo civilizado existe a “presunção de inocência dos réus”.
O que o caso Marcos Valério conta sobre a mídia brasileira
(Paulo Nogueira, no blog do Nassif)
Na condição de jornalista independente e apartidário, pronto a reconhecer méritos e defeitos de FHC ou de Lula ou de quem mais for, não posso deixar de comentar o episódio Marcos Valério e Lula. Minha experiência em redação pode eventualmente ajudar o leitor a entender melhor o que vê publicado.
Na essência, este caso ajuda a entender uma coisa: por que o poder de influência da grande imprensa se esvaiu tanto nos últimos anos. Note: não faz tanto tempo assim, Roberto Marinho era tido como a pessoa mais poderosa do país, capaz de eleger ou não quem quisesse. Sucessivos presidentes machucavam as costas para se curvar a Roberto Marinho e obter seu apoio, tido como fundamental.
Pela terceira vez seguida, a Globo não foi capaz de eleger seu preferido para a eleição presidencial. Todo o empenho de jornalistas em postos importantes da casa – de Kamel a Merval, de Noblat a Míriam Leitão, de Bonner a Waack, isso para não falar de colunistas como Jabor e entrevistados frequentes como Demétrio Magnoli – foi insuficiente para convencer os eleitores a votarem como a Globo desejava que votassem.
Isso é um dado importante e objetivo: esforço não faltou. Faltou foi poder de persuasão. Faltou foi influência. Faltou foi um conjunto de argumentos que fizessem sentido. Não apenas para a Globo, evidentemente, mas para a grande imprensa como um todo.
Donos e editores já deveriam há muito tempo ter parado para tentar entender por que sua voz não está sendo ouvida. Você pode fingir que o problema está neles, nos eleitores. Ou pode enfrentar os fatos corajosamente e ver que correções pode fazer em sua trajetória. Alguém já disse e repito aqui: maus editores fazem mais estragos para a imprensa estabelecida do que a internet.
E então chegamos a Marcos Valério. A notícia que parece incendiar os comentaristas políticos é a seguinte: Marcos Valério afirma que Lula era o chefe do mensalão. Mais precisamente: Marcos Valérioteria afirmado.
Foi capa da Veja. Segundo Noblat, a Veja gravou uma fita com a acusação de Marcos Valério.
Vamos considerar o cenário mais favorável a quem é contra Lula: Marcos Valério de fato falou, e a fita existe.
Ainda assim: uma acusação de Marcos Valério tem valor de prova para que se publique e se repercuta com tanto calor? É legítimo publicar o que quer que Marcos Valério diga – sem evidências que as sustentem? Se as há, se existe algo além da palavra duvidosa ainda que gravada de Marcos Valério, retiro tudo o que disse acima sobre o episódio. (Leio agora que a revista decidiu não publicar a suposta fita.)
Em países em que a sociedade é mais avançada, você precisa muito mais do que as palavras de alguém para publicar acusações graves – ou terá que enfrentar a Justiça. Foi o caso célebre de Paulo Francis. Francis teve o azar de chamar diretores da Petrobras de corruptos em solo americano. Os acusados puderam processá-lo na Justiça americana. Onde as provas? Os amigos dizem que Francis morreu por conta do desgaste emocional deste caso, e acredito. Se o processo corresse na Justiça brasileira, não daria em nada, evidentemente.
Um dia o jornalismo brasileiro terá também que fazer uma autocrítica em relação ao caso Collor. Não que se tratasse de um caçador de marajás. Mas o que mais pesou em sua queda foram palavras – a famosa entrevista de Pedro Collor. Estava certo publicar o que Pedro Collor afirmara como se fosse verdade indiscutível?
Na época, quando conversava com outros jornalistas sobre a capa de Pedro Collor, a pergunta que eu fazia era a seguinte: imagine que o irmão do presidente americano bate na redação do New York Times e conta histórias horríveis. O Times publicaria?
O público não deve entender como alguém que segundo Pedro Collor cometeu tantos crimes acabou sendo absolvido pelo Supremo Tribunal Federal e está aí, militando na política. Não havia provas, segundo o STF. Mas então qual a sustentação da entrevista de Pedro Collor? Palavras? É pouco.
No presente caso, pelo pouco que li, vi a velha cena tão comum nos últimos dez anos. Uma acusação – ainda que partida de Marcos Valério, ainda que sem provas — vai tomando ares de extrema gravidade na grande imprensa. Alguém dá, e depois vem a repercussão previsível. Leio que Merval chegou a falar em cadeia.
O público não me parece tão convencido assim da importância do assunto. Observei que no site da Folha e do Estado o tema não é sequer o mais lido do dia. Ocupava, quando verifiquei, uma modesta quinta posição. Russomano – já nem lembro por que – despertava muito mais interesse no leitor.
O leitor não é bobo. Mas a mídia estabelecida o trata como se fosse, e sua perda de influência deriva, em grande parte, desse erro de avaliação. Nos dezesseis anos que compreendem as gestões de FHC e Lula, o Brasil avançou consideravelmente. A grande imprensa, infelizmente, não conseguiu acompanhar este avanço.
VALE A PENA LER
"Elites europeias estão causando retrocesso de décadas"
Em entrevista exclusiva, o dirigente da esquerda radical grega, Alex Tsipras, fala sobre a situação do país e da Syriza, que é hoje a segunda força política da Grécia e o grupo parlamentar de esquerda não socialista mais importante da Europa. Tsipras defende a reconstrução do modelo europeu desde baixo. Para ele, o sectarismo dogmático das elites europeias que defendem o modelo liberal da austeridade está provocando um retrocesso de muitas décadas na Europa. A reportagem é de Eduardo Febbro.
Em entrevista exclusiva, o dirigente da esquerda radical grega, Alex Tsipras, fala sobre a situação do país e da Syriza, que é hoje a segunda força política da Grécia e o grupo parlamentar de esquerda não socialista mais importante da Europa. Tsipras defende a reconstrução do modelo europeu desde baixo. Para ele, o sectarismo dogmático das elites europeias que defendem o modelo liberal da austeridade está provocando um retrocesso de muitas décadas na Europa. A reportagem é de Eduardo Febbro.
Denúncias contra petistas serão julgadas na semana das eleições
Relator do mensalão, Joaquim Barbosa, propôs novo fatiamento do item 6 da acusação, separando o julgamento dos denunciados por corrupção ativa, entre eles José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. Desta forma, os petistas começarão a ser julgados na semana que antecede às eleições de 7 de outubro. Nesta quarta, Barbosa também voltou a ratificar a tese da compra de apoio parlamentar e indicou a condenação de políticos do PL e PTB.
Relator do mensalão, Joaquim Barbosa, propôs novo fatiamento do item 6 da acusação, separando o julgamento dos denunciados por corrupção ativa, entre eles José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. Desta forma, os petistas começarão a ser julgados na semana que antecede às eleições de 7 de outubro. Nesta quarta, Barbosa também voltou a ratificar a tese da compra de apoio parlamentar e indicou a condenação de políticos do PL e PTB.
Cidade Juarez: um retrato da violência sem fim
Cidade Juarez é o retrato de um país cortado pelas diferenças entre os “de cima e os de baixo”, que aterrorizados pela violência começaram a deixar os bairros populares para retornar a seus povos de origem, geralmente no sul mexicano. Desde que Felipe Calderón chegou ao poder, numa eleição marcada pela suspeita de fraude, e lançou uma guerra para tentar resgatar sua imagem, houve 95 mil assassinatos, a maioria deles ligados ao conflito. O artigo é de Dario Pignotti, direto do México.
Cidade Juarez é o retrato de um país cortado pelas diferenças entre os “de cima e os de baixo”, que aterrorizados pela violência começaram a deixar os bairros populares para retornar a seus povos de origem, geralmente no sul mexicano. Desde que Felipe Calderón chegou ao poder, numa eleição marcada pela suspeita de fraude, e lançou uma guerra para tentar resgatar sua imagem, houve 95 mil assassinatos, a maioria deles ligados ao conflito. O artigo é de Dario Pignotti, direto do México.
"Me preocupa quando juízes do STF pensam como taxistas"
Em entrevista à Carta Maior, o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos alerta o país sobre o perigo do julgamento do “mensalão” se transformar em um julgamento de exceção, a partir de uma reinterpretação da lei para atender a conveniência de condenar pessoas específicas. “Me chama a atenção o preconceito de alguns juízes contra a atividade política de partidos populares. Minha preocupação é quando a opinião dos magistrados coincide com a dos motoristas de táxi, que têm opiniões péssimas sobre todos os políticos".
Em entrevista à Carta Maior, o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos alerta o país sobre o perigo do julgamento do “mensalão” se transformar em um julgamento de exceção, a partir de uma reinterpretação da lei para atender a conveniência de condenar pessoas específicas. “Me chama a atenção o preconceito de alguns juízes contra a atividade política de partidos populares. Minha preocupação é quando a opinião dos magistrados coincide com a dos motoristas de táxi, que têm opiniões péssimas sobre todos os políticos".
Parceria Serra-Globo em SP pode ir além do jingle que é da novela Avenida Brasil e chegar aos telejornais
Leia no WWW.outraspalavras.net
Plataforma colaborativa mapeia incêndios em favelas paulistanas
Para investigar causas e consequências do fogo frequente – e jamais investigado – projeto cria mapa interativo. Por Mayara Penina, no blog Mural
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Superar atraso brasileiro requer investimento público. Mídia prefere opor professores a alunos e sugerir que boa gestão se faz sem recursos... Por Daniel Cara, na Revista Educação
Até advogado de Marcos Valério confirmou que o suposto diálogo de seu cliente com Veja jamais existiu. Mesmo assim, ele foi transformado em "verdade" por alguns dos colunistas mais prestigiados pela velha mídia. Por Marco Aurélio Weissheimer, em Carta Maior
INFORMAÇÕES
Gostaria de convidá-los para a estréia do nosso espetáculo OLÚRÓMBÍ – Respeito à Natureza, do Grupo Teatral Apàló – A Bela Arte d’África, vinculado ao Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural (INSOD).
As apresentações acontecerão na próxima semana no Teatro do Centro Cultural da UFMG, nos dias 05 de outubro de 2012 (sexta-feira) às 20:00hs, 06 de outubro de 2012 (sábado) às 19:00hs, com entrada franca.
O CURSO DE CULTURA AFRICANA E AFROBRASILEIRA OBJETIVA AUXILIAR NA DESCONSTRUÇÃO DE ESTERIÓTIPOS SOBRE A HISTÓRIA DA ÁFRICA, CULTURAS AFRICANAS E CULTURA AFRO-BRASILEIRA. DEVERÁ OCORRER NOS SEGUINTES DIAS E HORÁRIOS NA UNIDADE ANTÔNIO CARLOS DO UNIBH, ÀS: SEGUNDAS-FEIRAS DE 19:00 ÀS 22:00 E TERÇAS-FEIRAS DE 19:00 ÀS 21:00. VALOR DO INVESTIMENTO: 45,00 DE INSCRIÇÃO + 240,00 EM BOLETO OU CARTÃO DE CRÉDITO, PARA 18 HORAS/AULA.
PARA MAIS INFORMAÇÕES ACESSE O LINK: http://www.unibh.br/extensao/cursos-de-curta-duracao/cultura-africana-e-afro-brasileira
MURAL DO HISTORIADOR:
MESTRADO PROFISSIONAL EM HISTÓRIA
O mestrado profissional em história está realmente se tornando uma realidade cada vez mais concreta na área de história. O formato de pós-graduação - que já existe há alguns anos na FGV-RJ e que vem sendo incentivado pela CAPES - acaba de chegar a Universidade Federal do Rio Grande (FURG). [Leia mais]
CAFÉ EXPRESSO NOTÍCIAS:
LIVRO DISCUTE CANIBALISMO NO EXÉRCITO JAPONÊS
Segundo pesquisador, ritual ocorreu durante a Segunda guerra Mundial. [Leia mais]
ENTREVISTA:
MANOLO FLORENTINO ABORDA O TEMA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL
Em entrevista ao Café História, Manolo Florentino, especialista em escravidão no Brasil, fala sobre a complexidade e a riqueza de interpretações que o tema oferece ao historiador[Leia mais]
CINE HISTÓRIA:
A FONTE DAS MULHERES
Filme francês discute as tradições de um pequeno povoado no Oriente Médio. [Saiba mais]
DOCUMENTO HISTÓRICO:
CARTAZ AMERICANO DA SEGUNDA GUERRA
Cartaz usava o medo como elemento de mobilização da população e das empresas americanas. [Saiba mais]
EVENTO EM DESTAQUE:
ESTUDOS CLÁSSICOS NA UFRJ
Semana de estudos clássicos acontece em outubro no Rio de Janeiro. [Leia mais]
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